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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Se, depois de eu morrer.. por Alberto Caeiro

Se, depois de eu morrer...

Se, depois de eu morrer, quiserem escrever a minha biografia,
Não há nada mais simples.
Tem só duas datas --- a da minha nascença e a da minha morte.
Entre uma e outra todos os dias são meus.

Sou fácil de definir.
Vi como um danado.
Amei as coisas sem setimentalidade nenhuma.
Nunca tive um desejo que não pudesse realizar, porque nunca ceguei.
Mesmo ouvir nunca foi para mim senão um acompanhamento de ver.
Compreendi que as coisas são reais e todas diferentes umas das outras;
Compreendi isto com os olhos, nunca com o pensamento.
Compreender isto com o pensamento seria achá-las todas iguais.
Um dia deu-me o sono como a qualquer criança.
Fechei os olhos e dormi.
Além disso fui o único poeta da Natureza.

Alberto Caeiro

Gosto muito deste poema... embora não concorde com um ou dois aspectos, a saber, considero que a visão é de todos os nossos 5 sentidos o mais enganador...com o tempo, a vida obrigou-me a ponderar no que vejo e alvitrar pelo contrário do que penso ter visualizado... mas o poema continua belo ainda que um pouco etereo

sexta-feira, 29 de maio de 2009

António Botto - As ilusões

Versos desencontrados

Em nada ou em ninguém
Eu deveria acreditar!
Nem no amor, nem na vida. - As ilusões,
Mesmo até quando vêm disfarçadas
E já conhecem o cliente, hesitam,
E chegam a partir envergonhadas...
As ilusões -
Também têm os seus mais preferidos;
E àqueles que ficaram na ruína
Do pensamento, e são - por graça de conquista
Os pálidos mortais desiludidos,
A esses já não correm muito afoitas
Na mentira das grandes fantasias!
- É por isso que eu hoje ainda vivo
À margem das ridículas tragédias
Que lemos nos jornais todos os dias.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

António Aleixo com imenso saber como sempre..

Em não tenho vistas largas
Nem grande sabedoria
Mas dão-me as horas amargas
Lições de Filosofia.

quinta-feira, 31 de julho de 2008

O JARDIM por Andrew Marvell ( 2ª estrofe)

Enquanto isso, a Mente, de Prazer esgotada.
Recolhe-se à Felicidade encontrada,
A Mente, esse Oceano em que cada ente,
Logo encontra o seu equivalente,
Cria porém. transcendendo todos,
Outros mundos e outros Mares a rodos.
Reduzindo tudo o que foi criado
A um conceito verde, em verde sombra olhado.

Obrigado pelo seu comentário


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